Importações de fertilizantes em Mato Grosso do Sul sofrem queda 

De janeiro a agosto de 2024, o estado registrou uma retração de 29,22% nas compras externas de fertilizantes

09/10/2024 às 14:33 atualizado por Roberta Martins - SBA
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De janeiro a agosto de 2024, as importações de fertilizantes em Mato Grosso do Sul apresentaram uma queda expressiva, conforme o Boletim de Fertilizantes da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). O volume total importado caiu para 635,6 mil toneladas, uma redução de 29,22% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram adquiridas 897,9 mil toneladas.

Entre os tipos de fertilizantes, os potássicos destacaram-se com a maior queda, reduzindo de mais de 402,2 mil toneladas para 279,3 mil toneladas, o que representa uma queda de 30,55%. Os fertilizantes fosfatados também tiveram diminuição, passando de 43,2 mil toneladas para 32,2 mil toneladas, com uma retração de 25,38%. Os azotados, por sua vez, caíram de 198,2 mil toneladas para 151,8 mil toneladas, o que significa uma redução de 23,40%.

"Essa redução nas importações é reflexo da compra antecipada de produtos, quando os preços estavam mais atrativos. Os produtores agora aguardam uma nova baixa nos preços para retornar ao mercado. Além disso, a quebra de produtividade da soja e do milho no estado pode ter impactado o poder de compra dos produtores e revendas, justificando essa retração", afirmou Mateus Fernandes, economista da Aprosoja/MS. Os principais países fornecedores de fertilizantes para Mato Grosso do Sul foram a Arábia Saudita (20% do total), China (19%) e Rússia (18%).

No Brasil, as importações de fertilizantes cresceram 11,92% de janeiro a agosto, subindo de 24,34 milhões de toneladas em 2023 para 27,24 milhões de toneladas em 2024. Os produtos fosfatados tiveram um incremento de 33,16%, os potássicos cresceram 13,83% e os azotados aumentaram 9,85%. A China e a Rússia concentraram 44% das origens dos fertilizantes importados.

No entanto, a produção nacional no primeiro semestre de 2024 caiu de 3,19 milhões para 3,07 milhões de toneladas, uma redução de 1,79%. O volume entregue ao mercado também diminuiu de 18,62 milhões para 18,28 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA).

 

Fonte: Aprosoja/MS